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SALVADOR, 01 DE MAIO DE 2024
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NOVO DESIGN

Fonte Nova renasce com arquitetura contemporânea

Estádio baiano terá padrão de Copa, mas manterá o formato clássico


Arena Fonte Nova já passa de 65% das obras realizadas. (foto: Oderbrecht divulgação)

PORTAL COPA 2014

Em novembro de 2007, a queda de parte da arquibancada do anel superior da Fonte Nova vitimou sete pessoas. A tragédia evidenciou a fragilidade da estrutura do estádio e mostrou que, para figurar entre as sedes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, seria necessária uma nova construção, totalmente do zero. Foi a partir dessa premissa que os arquitetos Marc Duwe, da Setepla Tecnometal Engenharia, e Claas Schulitz, do escritório alemão Schulitz Architektur + Technologie, conceberam o projeto da Arena Fonte Nova, com o cuidado necessário para não descaracterizar o estádio que foi o principal palco do futebol baiano desde a década de 50.

Orçada em R$ 597 milhões e com capacidade para 50 mil pessoas, a arena de Salvador terá todo o conforto e a modernidade que pede o padrão Copa do Mundo, mas o desenho preserva o formato clássico do velho estádio: a ferradura com abertura para o Dique do Tororó. “Manter o partido arquitetônico da antiga Fonte Nova foi o principal diferencial do projeto”, esclarece Marc Duwe. “Enquanto que o grande desafio foi conciliar isto com a modernização necessária de um programa exigido para ser um estádio da Copa.”

Se a concepção preserva traços da velha Fonte Nova, a cobertura promete ser 100% moderna e inovadora. O teto será feito com uma estrutura metálica leve baseada no sistema de raios e anéis (compressão e tração), coberta por membrana de PTFE (politetrafluoretileno) e apoiada em pilares externos.

“Tudo para não prejudicar a visão do entorno do estádio, mantendo assim o skyline atual”, explica o arquiteto, que conta ter se inspirado na AWD-Arena, de Hannover, um dos estádios da Copa de 2006 na Alemanha. 

Antecipada para abril, a instalação da cobertura da arena soteropolitana começou com a montagem do anel de compressão e hoje já passa da marca dos 50% de conclusão. Todos os cabos de aço e os componentes da estrutura metálica que irão cobrir a Fonte Nova se encontram armazenados no canteiro das obras. Quando estiver pronta, o teto irá cobrir todos os 50 mil assentos, alcançando 36 mil m² de área e proporcionando mais conforto aos torcedores.

Pré-moldados
Hoje com 65% das obras concluídas, o estádio baiano, a exemplo de outros palcos da Copa de 2014, tem acelerado o passo graças à utilização de peças pré-moldadas de concreto, especialmente na superestrutura (pilares, vigas, lajes treliçadas, escadas e arquibancadas).

“A arena é, conceitualmente, uma solução pré-moldada, mas dentro dela, diante da complexidade do projeto, temos diversas peças moldadas in loco, pilares, vigas, lajes, paredes de enrijecimento”, afirma o diretor de engenharia da arena, José Luiz Góes. “Mas 75% do volume total da superestrutura é feita com pré-moldados”, estima.

Fornecidas por duas empresas conhecidas na região Nordeste (a baiana IBPC e a cearense T&A), as peças moldadas fora do canteiro costumam chegar de fábricas localizadas em Simões Filho e Camaçari, a aproximadamente 50 km da capital baiana, e também do Recife (800 km). Só os componentes maiores, como as vigas-jacaré, que têm cerca de 10 m de comprimento e correspondem a três degraus de arquibancada, foram construídos no próprio canteiro de obras.

Estruturas pré-moldadas também foram utilizadas na fundação. “Devido à grande variação do substrato na implantação do projeto”, explica Góes, “foram adotadas diversas modalidades de fundação, como estacas-raiz, estacas-metálicas, sapatas e também estacas pré-moldadas de concreto, de acordo com as características de cada local”.

De acordo com ele, o terreno de implantação do estádio da Copa era muito heterogêneo, com destaque para o lado sul, onde as estacas precisavam ser mais profundas e ter diâmetros de 35 a 60 cm para penetrar no solo fraco daquela região. Mesmo na drenagem do estádio, onde a adoção de tubos em PEAD foi a solução mais utilizada, as manilhas de concreto também foram empregadas na Fonte Nova.

Presença garantida
O estádio da Copa em Salvador ganhou recentemente um voto de confiança da Fifa. Sem participação assegurada na Copa das Confederações em 2013 até então, a Fonte Nova recebeu, no último mês de maio, o aval da entidade internacional, que confiou no bom andamento das obras e garantiu a arena baiana no evento-teste. Na ocasião, Salvador terá três partidas, sendo uma delas da seleção brasileira na primeira fase.
Um ano depois, na Copa do Mundo, a Fonte Nova deverá figurar com muito mais destaque: serão seis jogos, entre eles um possível embate da seleção brasileira pela fase das quartas de final da competição.

Reúso de concreto
A antiga Fonte Nova foi demolida em agosto de 2010, mas o entulho da obra teve um destino proveitoso. Todo o material do velho estádio –cerca de 77 mil toneladas de concreto— acabou reutilizado, parte dele na própria arena da Copa, a nova Fonte Nova. O restante acabou empregado em outras obras de infraestrutura de Salvador ou virou até mesmo suvenires e esculturas feitas pelo artista plástico Bel Borba, utilizando 40 toneladas de concreto e aço do antigo estádio.



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