Bahia, com saída de Jorginho, chega ao sétimo técnico em dois anos
A decisão da diretoria do Bahia em demitir o treinador Jorginho, após a goleada sofrida para o Vitória por 5 a 1, na Arena Fonte Nova, poderia ser considerada por muitos uma atitude enérgica, com intuito de recuperar a autoestima do elenco. Porém, a saída do técnico só escancarou uma realidade que teve o pontapé inicial há dois anos, ainda no Campeonato Baiano de 2011.
Ao voltar para elite do futebol brasileiro, após sete anos entre Séries B e C, o departamento de futebol do Bahia resolveu apostar. O escolhido para comandar o tricolor, no retorno à primeira divisão, foi o então desconhecido Rogério Lourenço. A passagem do treinador, no entanto, foi rápida e durou apenas cinco rodadas. Em seguida foi a vez de Vágner Benazzi assumir o barco.
A passagem dele no tricolor, o que não seria novidade para ninguém, teve o fim decretado no mesmo estadual. A missão de tentar o título estadual caiu no colo do simpático, estudioso e bom de papo René Simões. A perda do título, com a fraca qualidade do elenco e grande rotatividade na comissão técnica, já era esperada e aconteceu. René, apesar da mão de obra, fez o time realizar boas partidas no Brasileirão, mas sem alcançar os resultados positivos. O fim desta novela não poderia ser diferente: troca de treinador.
Naquele momento, com o time brigando contra o rebaixamento, Joel Santana desembarcou em Salvador com a missão de ser o 'Salvador da Pátria', e cumpriu seu papel, ainda que de maneira contestada. 'Papai' Joel, como foi apelidado em diversos clubes que passou, virou o ano como treinador do Bahia. A história dele no Bahia, entretanto, durou apenas até a quinta rodada do estadual de 2012. Desta vez, uma proposta do Flamengo foi a responsável pela troca de comando.
Foi a vez do ídolo Paulo Roberto Falcão ter a missão de engrenar no comando técnico do tricolor baiano. O título estadual, após dez anos, dava sinal que a história de amor seria longa, mas não foi. O 'Rei de Roma' saiu no decorrer do Brasileirão, depois de longo período sem triunfos na competição, e passou o bastão para o treinador Caio Júnior, hoje no rival. Caio pisou no Fazendão, deu ar da graça em oito oportunidades e saiu alegando problemas familiares.
Pois bem, o último integrante da roda gigante tricolor foi Jorginho. No clube desde a primeira rodada do segundo turno da Série A de 2012, o treinador ficou à frente do Bahia em vinte e nove partidas oficiais, com 49% de aproveitamento. A goleada para o Vitória e desentendimentos internos, apesar do respaldo da imprensa, foram motivos suficientes para mais uma vez, através de uma nota oficial, o tricolor informar a demissão de mais um treinador. O sétimo em dois anos.
Temporada 2011: Rogério Lourenço, Vágner Benazzi, René Simões e Joel Santana*.
Temporada 2012: Joel Santana, Paulo Roberto Falcão, Caio Júnior e Jorginho*.
Temporada 2013: Jorginho e Joel Santana