Sindicato dos Atletas da Bahia

De incerteza a ídolo, Lomba diz: 'Luto para botar o Bahia no seu devido lugar'

São vinte e seis anos de idade, e apenas dois anos e sete meses dedicados ao Esporte Clube Bahia. Pouco tempo, mas, quando se trata de um jogador com características e atuações para ser ídolo, a torcida reconhece rapidamente e sabe guardar o seu devido lugar no coração tricolor. Carioca, Marcelo Lomba do Nascimento estreou com a camisa do Bahia no dia 22 de maio de 2011, contra o América Mineiro, no primeiro jogo do clube no retorno à Série A, após sete anos.

Coincidência ou não aquele jogo, apesar da desconfiança sob a indicação de René Simões, então treinador, seria o início de uma grande relação de amor. Sentimento este que só cresceu quando o jogador, ao invés da tradicional camisa 1, número sempre usado pelos arqueiros, optou pela numeração fixa 31, ano de fundação do Bahia. Para alguns uma simples atitude de um jogador disposto a conquistar o carinho do torcedor. Já, para os mais exaltados, seria a demonstração que Lomba chegaria para suprir a carência de uma posição sempre bem representada por goleiros como Nadinho, Ronaldo Passos, Jean e Emerson Ferretti. Hoje, mais conhecido como ‘Paredão’, apelido colocado pelos próprios tricolores, o goleiro reconhece que o elenco deixou a desejar nas últimas duas temporadas, quando apenas brigou para se livrar do temido rebaixamento, e por isso tem obrigação de fazer um 2013 diferente. No mínimo menos sofrido para a torcida.
 
- São quase dois anos de clube. Vejo uma evolução muito grande, quando se trata da estrutura física, e da imagem do Bahia nacionalmente. Mas, 2013 pode ser melhor com a Copa do Nordeste, com a possibilidade de conquistarmos o bicampeonato do estadual e fazer um Brasileirão bem melhor. O que é nossa obrigação – disse ao Bahia Notícias.

Mesmo depois de passar quase dez anos no Flamengo, clube que o revelou para o mundo, o goleiro Marcelo Lomba admite ter um carinho especial por Salvador e o Bahia, equipe que possui contrato até 2014. Para ele, sem se considerar um ídolo, todo esforço demonstrado dentro de campo é recompensado com o respeito e admiração dos torcedores.

- Eu me considero uma parte importante do elenco tricolor, mas nunca acima de ninguém. Sempre luto para estar colocando o Bahia no seu devido lugar, que é brigar por títulos. Acho que a torcida reconhece isso através da minha vontade e dedicação. Sou muito grato a eles por isso – ressaltou ao BN.

Marcelo Lomba, apontado como responsável pelos dois resultados na decisão do estadual, já defendeu as cores do Bahia em 93 oportunidades e, no que depender do seu retrospecto, tem tudo para chegar ao centésimo jogo logo na Copa do Nordeste, primeira competição do ano. Em quase dois anos de tricolor sofreu apenas uma grave lesão, durante um treino, que o deixou fora de campo por trinta dias no começo da temporada.