Danilo Habib: Bahia e ex-presidente divergem sobre pagamento ao ex-conselheiro
Por muitas vezes durante o período de intervenção, conselheiros destituídos do cargo entraram com ações judiciais para anular a decisão do juiz Paulo Albiani e, assim, devolver a gestão ao então presidente Marcelo Guimarães Filho. Dentre eles, Danilo Habib Baptista do Val.
Três meses depois de assumir o clube, a atual gestão do tricolor baiano encontrou documentos no qual Danilo, enquanto conselheiro da agremiação, recebeu pagamentos de R$ 5 mil referentes aos meses de março, abril e maio.
Na nota fiscal, pelo Bahia Notícias, Danilo Habib Baptista do Val teria sido pago por “Elaboração e implantação de projetos das escolinhas de futebol de base nos municípios referente ao mês de abril”.
A justificativa, no entanto, não é idêntica a versão da atual gestão. Procurado pelo Bahia Notícias, o gerente jurídico Victor Ferraz nega que Danilo Habib tenha competência suficiente para tal função e prometeu apurar o caso.
“Nós, até o momento, não encontramos qualquer prova que Danilo tenha prestado serviços ao clube. Conversamos com funcionários e apenas Tiago Cintra e Mauricio Quintanilha era os responsáveis por tratar de assuntos relacionados a categoria de base do clube. Se não encontrarmos o que queremos nós vamos buscar o ressarcimento”, disse.
O ex-presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, foi procurado pelo Bahia Notíciaspara falar sobre o assunto. O ex-dirigente explicou como funcionou o pagamento ao ex-conselheiro e, como consta na nota fiscal, atribuiu os valores ao projeto criado para ser levado aos municípios em busca de novos jogadores.
“Nós, inclusive, fomos ao Tribunal de Contas do Município para encontrar um modelo de contrato. Várias prefeituras se interessaram pelo projeto e começamos a negociar. Infelizmente, a intervenção começou e não sei o que aconteceu”, contou.
O projeto, segundo Marcelo Guimarães Filho, seria benéfico ao clube. O Bahia, através do idealizador do projeto, cederia profissionais para trabalhar nas cidades, daria assistência técnica e permitiria o uso da marca Esporte Clube Bahia. Com isso, além de recrutar novos talentos, receberia uma quantia de R$ 10 mil por município.